segunda-feira, 19 de julho de 2010

A cultura pela Cultura!

Começo limpando as teias de aranha espalhadas por entre as linhas de algumas postagens... Comecei causando um imenso frisson no início desse blog, mas agora já sem tempo acabei deixando-o de lado. Na verdade em certo momento de raiva com certas coisas e muita vontade de escrever sobre o que vejo que criei esse aqui. Quase foi excluído, mas resolvi mantê-lo. Quem sabe no futuro ele sirva pra alguém ver como eram as coisas por aqui ou pra eu mostrar pra alguém como um dia eu fui alguém que se importava e queria mudar as coisas... Sem mais delongas, falando em mudar as coisas, vamos ao que interessa.

PREPAREM-SE, pois o que eu vou escrever aqui agora até eu mesmo tenho medo de represálias, mas lá vai:

Noto que certos projetos ditos “culturais” em Guaíba geralmente, (NUNCA GENERALIZANDO, sempre bom ressaltar que eu disse GERALMENTE) é marcado por algum tipo de interesse oculto por detrás dos mesmos... Todos nós sabemos já que Guaíba define muito bem conceitos chamados “politicagem” e “troca de favores”. Indústrias, empresas, empreendimentos, tudo aqui em Guaíba parece vir da época do coronelismo (quem não sabe o que foi o “coronelismo” aconselho uma pesquisa no Google).

Já os que botam a cara pra bater e se aventuram em árduas missões de fazer algo independente, sem amigos com grana, donos de alguma coisa qualquer ou algum sobrenome conhecido, acabam sendo esquecidos. Desde que Guaíba é Guaíba, quantas coisas boas terminaram ou estão terminando por falta de incentivo? Porque vemos tantas pessoas desacreditadas e tão poucas pessoas talentosas que não prosperarem, tanto no lado profissional quanto artístico?

Encararemos amigos! Apenas mentes sonhadoras, loucas, incansáveis e brilhantes superam desafios! Juntos somos fortes e juntos e faremos algo por quem quase nunca fez algo pela gente... E quando vierem nos dar tapinhas nas costas em tom de parabenizarmos, não encontrarão nenhuma cara alegre para lhes dizer “obrigado”. Vamos fazer diferente, vamos acreditar! Vamos lutar por algo sem querer nada em troca! Vamos em busca de RECONHECIMENTO! Sem hipocrisia, sorriso amarelo e coisa e tal...

“Sonho que se sonha só e só um sonho, mas sonho que se sonha junto é realidade” – Raul Seixas

“A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original” – Albert Einstein

Encare o novo! Vamos fazer barulho!
Vamos acordar a cidade!

domingo, 18 de julho de 2010

Atualizando-se (Parte II)

No dia 13 de Julho, comemorou-se mais um Dia Mundial do Rock e que eu não poderia deixar de comentar, claro...

Para quem não sabe, o Dia Mundial do Rock é comemorado no dia 13 de Julho porque foi nesse dia, em 1985 que ocorreu o Live Aid. Um festival que uniu vários artistas famosos em prol de arrecadar fundos para a África. Uma causa tão nobre e que fez tanto sucesso que a ONU resolveu tornar esse dia o DIA MUNDIAL DO ROCK! (Thomas também é cultura!).

Apesar de o Rock estar sendo sabotado pela mídia (Que insiste em confundir com o POP, difundido entre adolescentes completamente desinformados e com gosto musical totalmente adverso ao Rock’ n’ Roll) temos as portas abertas na alternatividade, de onde o Rock jamais deveria ter saído. Portanto, aproveite que não estamos mais no dia do Rock e desligue o rádio. Tem muita coisa boa rolando longe das ondas AM/FM!

E lembre-se:

“O Rock é atitude, você não escolhe ser rockeiro, você é rokeiro... O verdadeiro rockeiro não vai pelas modinhas, não escuta o som do momento no seu carro e nem vai pra balada requebrar... O Rock é mais que isso, é mais que música! O Rock é filosofia de vida. É sentir, pensar, é letra, é melodia, é guitarra, é acordes... Milhões de Lady Gagas surgirão, centenas de Justin Biebers cairão, mas só o bom e velho Rock continuará vivo nos botecos mais escrotos e decadentes e nos corações mais preparados e sinceros! Não precisamos de mídia, não precisamos ser quem não somos, não precisamos estar na moda... Precisamos ser apenas nós mesmos cheirando sempre à esse espírito juvenil!”

By Thomas Cobain...

Não deixe de conferir também:
Tri Perdido - Pelas Ruas...

Atualizando-se (Parte I)

Pobre blog, desatualizado... A última postagem foi uma colagem de uma crônica/poema que deveria ter sido publicada no Tri Perdido ao invés deste blog, eu acredito...

Mas não pensem que vim aqui encher linguiça... Deixei essa onda de copa do mundo passar e por estar no final do semestre na faculdade eu andei ocupado.

Mas agora aproveitei o Domingo chuvoso para pensar mais na literatura, pode-se assim dizer... Como hoje é dia 18 de Julho eu não vou muito falar sobre isso, mas também não posso deixar de comentar duas coisas (ou mais):

A primeira delas é que até acho legal copa do mundo e até torço para o Brasil, mas deixamos de ser babacas. Toda a copa é a mesma coisa. As mesmas propagandas as mesmas matérias... E só vejo gente com a camiseta do Brasil em época de copa do mundo. NUNCA vi ninguém com a “amarelinha” depois de uma copa ou no período “entre copas”. A camiseta do Brasil não é fantasia, galera pra se usar só quando tem copa do mundo...

Em segundo lugar, matérias na TV mostram o quanto a copa “impulsiona a economia” e mostra os camelôs vendendo badulaques e cooperativas que lucram com roupas, bandeiras e brindes... Mas será que o comércio impulsiona mesmo a economia em tempo de copa do mundo? Será que compensa o tempo que lojas, escolas, empresas, bancos, indústrias e outros tipos de estabelecimentos comerciais ficam fechados nos 90 minutos de cada jogo do Brasil na copa? Reflita caro cidadão!

domingo, 4 de julho de 2010

Crônica Sobre um Cavaleiro Conteporâneo

Um cavaleiro
Não um herói
Um cavaleiro frágil
Um cavalo cansado
Uma armadura sucateada
Talvez um lunático...
Lutando contra ninguém
Apenas contra si mesmo...
Só Dom Quixote talvez o entenderia...

Ele atravessa sozinho
Por campos intermináveis
Devastados sabe-se lá pelo quê.
Cavalga por paredões escuros
Por abismos frágeis e lamacentos...

É um dia nublado, sem vida...
Um vento úmido e frio...
É uma floresta escura, inabitável
Árvores velhíssimas...
Na sua frente três ou quatro trilhas...
Ele pára.
Cansado, respira fundo...
Apenas ele e seu cavalo
Seu único inimigo é ele mesmo...
Ele sorri. Ironicamente sorri...

O destino é cretino
Tantas escolhas
Tantos os caminhos a seguir
Todos tão difíceis
Tantas as decisões...
Mas um só coração...

Apenas um só...

Ele não quer errar, se arrepender, se magoar
Ele não quer mais tirar a vida,
Nem as esperanças de mais ninguém...
Não mais existe a donzela aflita
Não mais existe a princesa em perigo...
Foram engolidas por dragões
Que também não existem mais...
É apenas ele e seus pensamentos agora...

Parado ali em cima de seu cavalo,
O cavaleiro entra novamente em conflito
Seu coração, sua razão, seu instinto, sua intuição...
Sua mente gira...

Repentinamente ele solta a espada no chão,
Logo após a espada é o cavaleiro que desaba
De cima de seu cavalo até o chão, em um baque...
Fazendo um som metálico que ecoa pela floresta
Seu estômago se contrai,
Mas de sua boca, ou melhor, de seus pulmões
Só sai ar...
Sem ar e exausto o cavaleiro morre...
Sem nem dar o último suspiro...

E o seu cavalo, a galope...
Sem nem olhar por que trilha entrou
Segue em frente, assustado...